Em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle (CMA) do Senado, o líder do governo na Casa, senador Eduardo Braga (PMDB), disse que o documento final da Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre Desenvolvimento Sustentável, ocorrida no mês de junho no Rio de Janeiro, é realista e define as bases para a transição rumo a uma economia verde.
“O documento final foi criticado pelas organizações não governamentais, mas o que dizer dos resultados de conferências como a de Copenhague, a de Cancun e a de Doha? Acho que o documento foi realista e coloca para 2014 expectativas de ações contundentes sobre o tema da economia verde”, disse.
Na audiência pública organizada para se debater os resultados da Rio +20, o senador também disse que o Brasil, por ser exemplo no sequestro de carbono e emitir menos gases de efeito estufa do que países mais desenvolvidos, não pode pagar o ônus da preservação sozinho. Ele defendeu o pagamento por serviços ambientais e a recompensa para quem preserva as florestas. O senador elogiou ainda a organização do evento e o papel da diplomacia brasileira nas negociações.
“Estive na COP-15, em Copenhague, e posso atestar a falta de organização que houve ali. Por isso, da forma como a Conferência do Rio de Janeiro foi feita, digo que a cidade está de parabéns, assim como a nossa diplomacia, que foi responsável pela construção do documento aprovado”, disse.
Além de Braga, participaram dos debates o presidente da CMA, Rodrigo Rollemberg (PSB/DF), e os senadores Sérgio Souza (PMDB/PR), Ana Rita (PT/ES) e Eduardo Suplicy (PT/SP). Para os debates, foram convidados o negociador-chefe do Brasil na conferência das Nações Unidas, embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado; o especialista em negociações climáticas e professor da Universidade de Brasília (UnB), Eduardo Viola, e a coordenadora executiva da Rede Brasil, Iara Pietricovsky; e André Correia do Lago, do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Assessoria de Imprensa com Agência Senado