UMA COARI QUE NÃO VOLTA ATRÁS

Não sou muito apegado a saudosismo por entender que a tendência da humanidade é o avanço e não o retrocesso, no entanto, acredito na preservação da memória, das boas memórias. Observando a imagem

desta foto, nossa memória é remetida a uma Coari muito diferente, provavelmente muito pacata e diferente da Coari que hoje vivenciamos. A diferença não é apenas a urbanística, mas acima de tudo a comportamental influenciada pelo crescimento econômico da cidade.

 A imagem acima é de um tempo que a Rua 15 de Novembro terminava antes de chegar à Casa Paroquial. Neste tempo, a Igreja, o Colégio Nossa Senhora do Perpetuo Socorro e a Casa Paroquial formavam um único e exclusivo conjunto de edificações, postada sobre um único e exclusivo terreno. Uma demostração da hegemonia religiosa à época, da Igreja Católica através de suas ordens religiosas que chegaram junto com a formação das cidades do Solimões, no Amazonas. Hoje existe uma Rua Cortando a esquina Travessa Raimundo Mota que termina na Rua Gonçalves Lêdo, passando em frente à casa paroquial e ao colégio. Quando esta rua foi pavimentada pela primeira vez não sei, mas é um clara demostração dos pequenos avanços que vão formando as grandes mudanças que compõe a atualidade. 

Dizer que seria interessante que esta Coari da foto voltasse é um exagero do saudosismo que cada um de nós carrega alimentados pelas nossas boas recordações. O tempo não volta, o que podemos fazer é trabalhar para que a Coari do futuro seja melhor que a Coari do passado, com melhor qualidade de vida, educação, cultura e desenvolvimento. Que pavimentemos sonhos e ideais, sem sermos alimentados pelo ódio ou o rancor  pois nada de bom pode ser construído sobre sentimentos ruins.